Organismo estatal desiste de construir escola de hotelaria e quer desfazer-se do edifício que adquiriu à Câmara há cerca de um ano e meio.
O Hotel Turismo da Guarda está novamente no mercado, cerca de ano e meio depois de ter sido adquirido à Câmara Municipal pelo Instituto de Turismo de Portugal, que se comprometeu a instalar ali uma escola de hotelaria. Contudo, este organismo estatal diz agora ao jornal O INTERIOR que não avançará com a obra e que pretende «vender» o emblemático edifício. Através do seu Departamento de Relações Públicas, o Turismo de Portugal justifica a sua posição com a recente «reorganização da rede de escolas», que levou à descontinuação de dois estabelecimentos e à transferência de outros tantos para a esfera autárquica. Nesse sentido, a mesma fonte argumenta que «não faz sentido» a criação de uma nova escola de hotelaria e turismo na Guarda «depois de se fecharem outras, noutros pontos do país». O instituto revela que o encerramento de escolas se ficou a dever à «falta de verba para investir nos próximos anos» e que, «se não há verba para as escolas que já existiam, menos disponibilidade haverá para investir na criação de um novo estabelecimento». O Turismo de Portugal refere ainda que, «por força dos constrangimentos financeiros», o momento «não é o indicado» para «delinear e investir num projeto alternativo» e admite por isso «não ter um destino definido» para o edifício do antigo Hotel Turismo. O novo proprietário diz estar neste momento a «analisar a situação», mas adianta que «há a intenção de vender ou concessionar» o imóvel. Recorde-se que o Hotel Turismo da Guarda foi vendido ao Turismo de Portugal por 3,5 milhões de euros em maio de 2011, com o objetivo de transformar a unidade na primeira escola de hotelaria especializada em saúde e bem-estar do país. O investimento, orçado em 10 milhões de euros, deveria ver a luz do dia no início do próximo ano letivo, mas é agora certo que não sairá do papel.