segunda-feira, 11 de junho de 2012

Reino Unido e Alemanha estão à procura de médicos e enfermeiros portugueses

Reino Unido e Alemanha estão à procura de médicos e enfermeiros portugueses

Empresa de recrutamento Best Personnel vai estar no Porto e em Lisboa a fazer entrevistas. Alemanha recebe enfermeiros, Reino Unido enfermeiros e médicos
Texto de Mariana Correia Pinto • 23/05/2012 - 10:19

A Best Personnel, empresa de recrutamento na área da saúde, vai estar em Portugal a recrutar enfermeiros para trabalhar na Alemanha e no Reino Unido e médicos para trabalhar no Reino Unido.

Em cooperação com a Xenon, uma agência alemã de recrutamento, a Best Personnel está à procura de “enfermeiros portugueses interessados em desenvolver a sua carreira na Alemanha”.

Esta é a primeira vez que a empresa recruta para este destino, cujos hospitais e clínicas são cada vez mais especializados e procurados não só por cidadãos residentes mas também por estrangeiros. Com a guerra do Iraque e as costas voltadas para os Estados Unidos e o Reino Unido, os árabes procuram cada vez mais a Alemanha para cuidados de saúde.

Por Portugal, a Ordem dos Enfermeiros estimava, em Fevereiro deste ano, que cerca de dez profissionais do sector estavam a sair do país por dia, depois de, em 2011, terem emigrado cerca de 1700 (uma média de cinco por dia).

Para se candidatarem a uma vaga na Alemanha, experiência profissional e conhecimento prévios da língua não são requisitos obrigatórios, apesar de serem valorizados. O que é obrigatório, além da licenciatura, é ter “vontade de aprender a língua”, explicou ao P3 Sylwia Markiewicz, da Best Personnel.

Vagas em várias cidades alemãs
Para já, a empresa não sabe para que locais específicos serão enviados os enfermeiros: há vagas em “hospitais, clínicas e centros de cuidados continuados” em várias cidades alemãs (Munique, Berlim, Frankfurt, Colónia e Hamburgo). Também por isso, “os salários ainda não são conhecidos”.

As entrevistas decorrem nos dias 31 de Maio e 1 de Junho, no escritório da empresa no Porto, e os interessados devem enviar previamente o currículo (em inglês ou alemão) com o título “Alemanha” para anateresa@best.personnel.ie.

Também o Reino Unido está de portas abertas para receber enfermeiros portugueses. A empresa de recrutamento, que está em Portugal desde 2008, vai fazer entrevistas presenciais no Porto (11 a 13 de Junho e 25 e 26 de Junho) para pessoas interessadas em trabalhar em “centros de cuidados continuados e paliativos”.

Além da licenciatura, é exigido um “nível mínimo de inglês B2”. Os salários variam “entre as 21 e as 28 mil libras por ano” [cerca de 26 a 34,7 mil euros].

Médicos estão a emigrar mais
Em Dezembro de 2011, em entrevista ao P3, o bastonário da Ordem dos Médicos José Manuel Silva falava do número crescente de profissionais do sector a emigrarem “depois de terem terminado a especialidade”, uma vez que “a contratação de médicos em Portugal está suspensa”.

Também a pensar nesta realidade, a Best Personnel vai estar em Lisboa a recrutar médicos para os hospitais NHS, no Reino Unido. As vagas são apenas “para quem já completou a especialidade” e tem “pelo menos um ano de experiência”, explica Sylwia Markiewicz. Tal como para as vagas de enfermagem, é exigido um “nível mínimo de inglês B2”.

Os salários variam entre as 36 e as 100 mil libras por ano (cerca de 44,7 a 124 mil euros por ano), conforme a especialidade e posto ocupado. As entrevistas decorrem na sede da empresa de recrutamento em Lisboa de 29 de Maio a 3 de Junho e os interessados devem enviar email com currículo para medical@bestpersonnel.ie.

Reutilização de manuais escolares

Formação Modular Certificada do Sindicato dos Técnicos Superiores Assistentes e Auxiliares de Educação da Zona Centro

Formação continua (inscrições abertas)
STAAEZC / CEFOSAP
Ficha de inscrição - Esta será preenchida na inscrição da 1ª ação do ano civil 2012 - Deverá acompanhar fotocópia do Bilhete de Identidade, fotocópia do Cartão de Contribuinte, comprovativo do NIB , e Certificado de Habilitações.
Ficha de Novas Acções - Esta ficha é para as restantes ações do ano civil - 2012 (preencher 1 folha por ação)

Código dos contratos públicos: a execução dos contratos
Comunicação interpessoal e Assertividade
Comunicação Empresarial
Contabilidade Pública
Controlo de Riscos Profissionais
Direito a Igualdade e à não-discriminação
Direito do trabalho evolução histórica
Legislação fiscal – impostos
Ergonomia do posto de trabalho
Ergonomia, higiene e segurança1
Língua espanhola - relações laborais - iniciação
Recursos humanos - processos de recrutamento, selecção e admissão
Sistema de Normalização Contabilística
Legislação fiscal - impostos - 19, 21, 24, 26, 28 de Setembro 1, 3, 8, 10, 12, 15 e 17 de Outubro das 18h30 às 22h30 - Agueda - Aveiro
inscrição até 4 de Setembro
Recursos humanos - processos de recrutamento, selecção e admissão - 29, 31de Outubro, 5, 7, 9, 12 de Novembro das 18h30 às 22h30 - Agueda - Aveiro
inscrição até 12 de Outubro

Acordo de Financiamento com as Autarquias em dificuldades

Acordo firmado com municípios vai assumir forma de proposta de lei, em vez de decreto, para que seja debatido e aprovado no Parlamento.
O Governo vai transpor o acordo recentemente celebrado com a Associação Nacional de Municípios para uma proposta de lei, sujeitando-o, assim, ao crivo do Parlamento para tentar o apoio do PS. O Diário Económico apurou que o Executivo prepara-se para aprovar já no Conselho de Ministro desta semana a proposta de lei com o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). O objectivo é levar este programa a debate parlamentar com a máxima urgência e tentar obter o mais amplo consenso possível, sobretudo do maior partido da oposição, o PS.
Ao transformar o acordo em proposta de lei, o Executivo opta por sujeitar o processo legislativo à Assembleia da República, enquanto por decreto-lei o PAEL seria aprovado em Conselho de Ministros e seguiria para publicação em Diário da República, sem passar pelos deputados. Por ser matéria de finanças locais, o Governo entendeu que o Parlamento devia pronunciar-se. Desta forma, o Executivo tenta vincular o PS ao termos do PAEL, que, recorde-se, terá já obtido o acordo dos autarcas socialistas, uma vez que o acordo foi assinado com a Associação Nacional de Municípios.
O PAEL - celebrado entre os ministros dos Assuntos Parlamentares e das Finanças e os municípios - permite, entre outras medidas, o acesso das autarquias em dificuldades a uma linha de crédito de mil milhões de euros disponibilizadas pelo Governo. Para ter acesso a esta linha, porém, estes municípios terão de subir para o máximo as taxas de IMI e derrama. Esta linha de crédito, lê-se no memorando, facilitará a regularização do pagamento de dívidas dos municípios vencidas há mais de 90 dias à data de 31 de Março de 2012. Para se candidatarem ao programa, as autarquias terão, ainda, que desistir de qualquer processo judicial contra o Estado e proceder a um programa de redução de despesa.


Hospital da Guarda que futuro ? Tantas Promessas.....

O que se passa com as obras do hospital?
De Luis Batista Martins ( Jornal o Interior)
1.    As obras do Hospital Sousa Martins estão a transformar-se num verdadeiro folhetim. Anunciado como o maior investimento da região, as obras de ampliação e requalificação arrancaram em 2009, depois de 20 anos de discussão pública e promessas.
2.    Quando lançou a construção, em Junho de 2009, José Sócrates recordou a história de 20 anos a «arrastar os pés» e assegurava que antes de se reformar da política a obra estaria concluída. Três anos depois, e com José Sócrates de estudos por Paris – reformado da política ou talvez não -, as obras vão andando. Ou melhor, um dia andam e outro nem por isso. O consórcio construtor exige o pagamento, ameaça parar e aos poucos a conclusão dos trabalhos vai sendo aiada. Os subempreiteiros, esses, esperam e desesperam, e acabam por fechar sem verem a cor do dinheiro.
3.    Mas agora, afinal, já não é apenas uma questão de o Estado cumprir e a ULS Guarda pagar ao consórcio construtor. É também uma questão de definição do investimento no seu todo. A exemplo do que acontece com tantas outras obras públicas, o Governo quer cortar no investimento também no Hospital Sousa Martins. Numa altura em que todos pensavam que o distrito ia ter um novo hospital, quando parte da nova infraestrutura está construída, os responsáveis da ULS recusam-se a explicar publicamente o que andam a fazer, mas já toda a gente percebeu que será amputada à ampliação e requalificação partes que o deixarão mutilado na sua dimensão e capacidade de elevar a qualidade na prestação dos cuidados médicos e impedirão o melhor funcionamento de algumas valências. O discurso ignóbil de que serão feitos ajustamentos para gastar menos dinheiro, mas assegurando a mesma capacidade e qualidade no funcionamento do futuro hospital é falacioso e evidencia que este governo olha o interior com desdém. A verdade é que a segunda fase está posta em causa, ou seja, a requalificação dos pavilhões velhos poderá nem sequer ser feita. Os guardenses passaram anos passivamente à espera de um novo hospital. Foi-lhes assegurado um hospital novo – aproveitando e qualificando o velho – entre a crise, a opção política e a falta de capacidade reivindicativa a maior obra do distrito da Guarda será substituída por uma nova unidade hospitalar. Apenas e só.
4.    2. A proposta para a Carta Hospitalar foi traçada pela Entidade Reguladora da Saúde e veio reabrir uma velha ferida: o encerramento das maternidades na Beira Interior. Os autores do estudo, e seguindo o diapasão habitual, volta a ter o número mínimo de 1.500 nascimentos por ano tido como necessário para garantir a qualidade da assistência prestada. Ora, nenhuma das três maternidades da Beira Interior cumpre essa meta – aliás, neste momento, nenhuma das três chega sequer a metade dos 1.500 partos por ano.
5.    A proposta avança com a concentração das maternidades na Covilhã, mas os autores do estudo salientam que, se for necessário manter uma das unidades, a opção deve ser pela da Guarda. Cabe aos políticos da Guarda (distrito) e à população defenderem mais uma vez um serviço de referência e de grande relevância técnica e afetiva. Os argumentos são muitos, desde ser a maternidade com mais partos (a Guarda tem mais 205 nascimentos que Castelo Branco) até ao fato, identificado no estudo, de abranger uma «população feminina de concelhos classificados com “média baixa” acessibilidade». Reconhece-se, pois, que mesmo não havendo o «número mínimo» de 1.500 partos há muitas e boas razões para manter a maternidade da Guarda. Só encerrará se a inércia e inabilidade política contribuírem para isso. Conhecendo os nossos dirigentes… não nos devemos distrair.

domingo, 10 de junho de 2012