Cortes no subsídio de desemprego de quem tem mais anos de trabalho, redução dos salários públicos, com especial incidência nos funcionários menos qualificados, e aumento do horário de trabalho serão três propostas que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) deverá verter dentro de alguns meses num estudo sobre a reforma do Estado.
Segundo apurou o Dinheiro Vivo junto de fontes do Executivo e da instituição sedeada em Paris, apesar de não existir ainda qualquer pedido formal, o estudo será feito e acabará por conter algumas recomendações parecidas às já avançadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na semana passada. Muitas das sugestões para a reforma do Estado já surgiram, aliás, em relatórios recentes da OCDE. Para além das referidas, o trabalho conterá uma lista exaustiva de outras medidas a fazer.
Haverá uma pequena missão especial da Organização a Portugal para, ao longo de três a seis meses, trabalhar com o Governo e outros atores no levantamento e organização de elementos sobre a reforma do Estado. O resultado desse trabalho no terreno será conduzido de forma diferente dos outros estudos da OCDE: a equipa virá ao país e depois regressará à sede onde o material sobre o sector público português será alvo de análise e discussão aprofundada no âmbito de um “comité intergovernamental”.
Este fórum é formado pelas representações portuguesas e dos restantes 29 membros do clube da OCDE (os países mais desenvolvidos), a Comissão Europeia, outras organizações internacionais e até por países convidados (não-membros).
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