Não é possível fazer contas rigorosas, mas com a ajuda do professor da Universidade Autónoma de Lisboa Luís Bento, que no ano passado fez um estudo sobre o custo dos feriados, chegaremos a algumas conclusões.
Quando economia estava a crescer, «podíamos estimar que o conjunto de pontes, ao longo do ano, tinha um efeito na economia de cerca de 0,5% do PIB», um valor semelhante ao da Alemanha e ao da Grã-Bretanha, por exemplo, e que é explicado «pela falta de planificação entre a articulação dos tempos de trabalho e os tempos de lazer». O efeito sobre a economia era, portanto, «negativo».
Mas não é esse, agora, o sambódromo em que o país desfila. Com a economia em recessão, cortaram-se feriados e pontes. «E, na maior parte dos casos as empresas começaram a planear no início do ano todo o calendário de pontes e isso permitiu articular bastante melhor os tempos de trabalho e os tempos de lazer», constata.
No caso do Carnaval, há empresas - muitas públicas - em que ninguém trabalha, outras em que metade trabalhou ontem e outra metade hoje. Vamos às contas, para o país: «Uma ponte em que toda a gente parava teria um custo de não produtividade na ordem dos 35 milhões de euros», pelas contas deste académico.
Já quando falamos num 50-50, sendo que a metade que não trabalha «provavelmente estará a consumir e a dinamizar outras indústrias», o impacto é «muitíssimo menor». «Diria que, sem poder ser rigoroso, teremos um impacto médio da paralisação na ordem dos 10 milhões de euros, mas temos o benefício talvez de 25 ou 30 milhões, que resulta do dinamismo das atividades económicas associadas às festividades do Carnaval». Ou seja, a economia ganha.
Ler mais: http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/carnaval-quanto-custa-o-carnaval-feriados-pontes-crise-luis-bento/1419032-6377.html
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