terça-feira, 14 de maio de 2013

OCDE pede cortes maiores nos despedimentos

No relatório que apresenta hoje ao país, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) vai dizer ao governo que a proteção social ainda está demasiado elevada e que por isso há margem para cortar mais em subsídios e indemnizações. Segundo as conclusões do relatório 'Portugal: Reforming the State to promote growth', avançadas pelo Diário Económico, o 'think thank' para as economias desenvolvidas vai apelar ao Executivo de Passos Coelho para reabrir estas áreas e aprofundar os cortes.
 
A Organização sabe que o governo tem-se esforçado por efectuar várias medidas de flexibilização do mercado laboral – ainda na semana passada foi aprovada a redução do número de dias de indemnização para 12 e 18 dias consoante a antiguidade -, mas lembra agora que “mesmo assim, a proteção para os trabalhadores permanentes continua comparativamente alta e pode ser reduzida”.
Esta ideia já não é nova, uma vez que os técnicos têm defendido reformas mais profundas para o mercado laboral com bastante frequência, apelando a uma redução das indemnizações, abolição das portarias de extensão ou dos mecanismos que permitem aos funcionários negociar com os sindicatos, como o contrato coletivo. No relatório anual sobre Portugal, que divulgou em julho do ano passado, a organização sublinhava a necessidade de se reduzir a proteção no emprego e restringir a negociação coletiva, que agora volta a aparecer no relatório encomendado para a reforma do Estado.
 
No fundo, defendem que existe margem para cortar praticamente em todas as vertentes do mercado laboral, e aprofundar medidas que já foram iniciadas, tal como o DN/Dinheiro Vivo já tinha avançado em janeiro deste ano. Por isso, entre as medidas a anunciar volta também a ver-se a duração do subsídio de desemprego, de acordo com o Diário Económico. Os técnicos entendem que se devem cortar os elos que determinam a ligação entre o subsídio e a idade, mas pedem, em contrapartida, um reforço da proteção para os mais jovens. Em julho já diziam que “os cortes maiores na duração do subsídio de desemprego estão por fazer”.

Ler mais: http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO157398.html?page=0

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