No sentido de tentarmos caraterizar os voluntários existentes no concelho da Guarda, procuramos possível informação existente na internet, mas não conseguimos encontrar informação disponível, mesmo em termos nacionais não existem muitos dados disponíveis e aqueles que encontramos já estão desatualizados.
Assim, para tentarmos elaborar uma caraterização sociodemográfica dos voluntários do concelho da Guarda e compreender melhor a nossa realidade, decidimos realizar um estudo recorrendo a um instrumento de observação indireta, através da aplicação de um inquérito por questionário[19]. O questionário foi enviado via correio eletrónico a Instituições públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, que nas suas atividades, descritas nas suas páginas eletrónicas, incluíam o voluntariado.
Foram contactadas vinte e cinco (25) entidades por correio eletrónico[20] e obtivemos treze (13) respostas, com questionários devidamente preenchidos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 52%.
No que concerne à caraterização dos voluntários inscritos em bolsa de voluntariado (174) e no exercício do voluntariado (380)[21], inseridos nas entidades
Deste inquérito realizado a 25 Instituições do concelho da Guarda, das quais obtivemos 13 respostas, podemos apontar como principais conclusões, relativo à totalidade de voluntários (Inscritos em bolsa de voluntariado e a exercer voluntariado):
· 554 Indivíduos disponíveis para realizar voluntariado (inscritos em bolsa ou a realizar voluntariado), num universo de 13 Instituições, parece-nos um número bastante bom;
· As diferenças de sexo não são significativas quanto à disponibilidade para exercer voluntariado, sendo o sexo masculino ligeiramente mais representativo (50,9%);
· A idade predominante (52%) na disponibilização para fazer voluntariado é dos 21 aos 40 anos;
· Existem bons indicadores na continuidade desta prática, visto que 9%, dos 554 voluntários tem idade ≤20;
· A área de atuação em voluntariado com mais interessados foi a “Outros” (31,8%), identificados pelas entidades como: “Sensibilização sobre surdez acompanhamento dos surdos”; “Roupeiro da Cáritas Diocesanas da Guarda”; “Proteção e socorro a pessoas e bens – Bombeiros – Proteção Civil”; “Recolha de bens alimentares e apoio à loja Social Mão Amiga” e com os voluntários com inscrição em mais que uma área de atuação. As outras duas áreas com maior representatividade são a área social (26%) e a área da saúde (22%);
· As áreas de atuação com menor números de voluntários são: o racismo com 0%, a violência doméstica com 0,2%, a desigualdade de género com 0,4%, educacional com 0,5% e intergeracional com 0,7%;
· O facto de 31,4% dos voluntários estarem inscritos em bolsa, subentende-se que existe maior oferta de voluntários que a procura;
· Um último fator a referir é que existe muitos dados sem informação, o que pode indicar que as Instituições não dispõem de uma base de dados atualizada sobre os voluntários que dispõem.
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