"Apesar de se tratar de propriedade privada,
para Pinhel, para os pinhelenses e para mim, enquanto autarca, esta
classificação é, de facto, um motivo de orgulho mas, mais do que isso, uma
motivação para continuar a apostar na valorização do nosso património como fator
de desenvolvimento local e sustentável", disse hoje à agência Lusa o presidente
da autarquia, Rui Ventura. Com a publicação da portaria, que "vem confirmar o
interesse público" daquele património, o autarca de Pinhel também considera "que
se abrem novas perspetivas com vista à recuperação e valorização do antigo
convento". A classificação da igreja de Santo António, o claustro e as ruínas do
antigo Convento dos Frades, em Pinhel, como monumento de interesse público, e a
respetiva zona especial de proteção, foi publicada na sexta-feira em Diário da
República. A portaria assinada pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge
Barreto Xavier, refere que a classificação teve por base critérios "relativos ao
interesse do bem como testemunho religioso, ao seu valor estético, técnico e
material intrínseco, à sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística e
à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva".
O convento capucho de Santo António de Pinhel funcionou entre 1731 e 1834, data
da sua extinção, à qual se seguiu a demolição de parte das dependências
conventuais e a destruição das restantes, já no início do século XX, em
consequência de um incêndio, segundo o documento. A igreja de Santo António,
doada à Santa Casa da Misericórdia local, foi recuperada na década de 1980,
acrescenta. O claustro, "com arcadas de volta perfeita sobre capitéis toscanos,
possui hoje apenas o primeiro piso, em torno do qual se articulam as alas
conventuais arruinadas, incluindo o que resta da antiga Casa do Capítulo, da
cozinha, do refeitório e das celas monásticas do andar superior", é também
referido. "Foi com grande satisfação que o Município de Pinhel recebeu a notícia
da classificação do antigo Convento de Santo António, também conhecido por
Convento dos Frades, como imóvel de interesse público", disse hoje à Lusa o
presidente da autarquia. Segundo Rui Ventura, Santo António "é o padroeiro de
Pinhel e, como tal, existe uma forte tradição em torno deste santo e da igreja
de Santo António".
Seia retoma, este ano, a realização da Feira do Queijo, promovendo, nos dias 1 e 2 de março, fim-de-semana que antecede o Carnaval, um evento dedicado à promoção do Queijo Serra da Estrela e dos produtos endógenos do concelho.
O presidente da autarquia, Carlos Filipe Camelo, explica que o certame, com forte tradição neste concelho, foi organizado nos últimos três anos no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela, em regime de rotatividade nos três municípios que a integravam, entretanto, face à realidade atual e “à semelhança de Gouveia e Fornos de Algodres, a iniciativa em Seia acontecerá de uma forma individualizada”.
O enfoque da Feira do Queijo de Seia recai “nos atores ligados à produção deste produto endógeno de qualidade”, congregando todo este setor numa grande mostra, para a qual são convidados todos os produtores (pastores, queijarias tradicionais, queijo DOP e fábricas) a comparecer na festa dedicada à ampla promoção do Queijo.
A par desta mostra, como adiantou o Presidente, “não deixaremos de chamar responsáveis por outros produtos endógenos, concretamente o pão, o vinho do Dão, os enchidos e o mel”, bem como o artesanato, lã Serra da Estrela, ovinos, o cão Serra da Estrela e as coletividades ligadas ao folclore e à música.
Ler mais: http://www.centrotv.pt/index.php/centro/item/3168-seia-volta-a-organizar-a-feira-do-queijo-a-solo