domingo, 5 de maio de 2013

Experiência Singular

Experiência Singular
Vive-se hoje na nossa cidade uma experiência única e de cariz algo interessante, já que nos permite sair desta rotina diária e stressante em que vivemos. Ao percorrermos as várias ruas da cidade é quase como se estivéssemos a fazer uma prova de todo o terreno, sendo praticamente impossível encontrar uma rua onde haja não um, mas vários buracos, verdadeiras crateras. É talvez uma prova de persistência, tentar encontrar no meio deste labirinto uma rua sem buracos. Um exemplo prático disto que acabo de relatar é aquela, que há dias ouvi renomear de rotunda do “Marquês Valente”, antes denominada da “Ti Jaquina”, seria a justa homenagem a um presidente de câmara, agora de saída e que deixaria assim a sua marca, uma verdadeira “obra de regime”, feita em fim de mandato para a posteridade, pois claro…
            Por outro lado é um exercício de verdadeira perícia, já que é necessária alguma agilidade, não sair de um buraco e acertar logo a seguir numa cratera. Há que fazer um esforço sobre-humano para não alcançar um ainda maior, até porque a oficina está cara quanto baste. Existe ainda aquilo que podemos chamar um autêntico bónus para os peões, uma vez que os próprios passeios estão também eles “armadilhados” com buracos provenientes quiçá de meteoritos vindos, sabe-se lá de que espaço celeste, ou outro que tal, quando não com outras coisas assaz desagradáveis.
Curioso de ver é também o caso dos paralelos, que por vezes são substituídos por terra e se espera serenamente que S. Pedro seja complacente, generoso q.b., abra as torneiras celestes e assim possa assentar a terra e acabar com o pouco estético e muito desagradável pó. Afinal a solução por vezes vem lá de cima, do céu entenda-se…
Quando se trata de alcatrão a solução também é algo interessante de analisar. Deita-se algum nos buracos, uma espécie de remendo e espera-se que o alcatrão aí colocado não salte quando os carros passam, fique tudo igual e seja necessário fazer o mesmo em vez de se pavimentar toda a área. Seria talvez mais caro mas revelar-se-ia com certeza mais eficaz e duradouro. Uma vez que já estamos na Primavera, talvez este seja um dos melhores cartazes turísticos da nossa vetusta e bela cidade, cujo slogan podia ser – “ venha fazer um verdadeiro rali urbano”, ou “ uma prova de crosse intramuros”…
Duas notas para finalizar que me parecem assaz pertinentes nos dias que correm:
 1ª- A eterna dúvida que me assiste quando vejo constantemente carros parado à frente da Sé. Afinal pode-se aí estacionar ou isso depende da marca da viatura?
2ª – Se a Sé da Guarda é considerada o “ex libris” da cidade por que motivo tanto esse monumento como outros semelhantes estão sempre fechados principalmente ao fim de semana quando há mais turistas para os visitar? Será esta uma forma subtil de atrair turistas? Se assim for, retiro o meu reparo, todavia tenho muitas e sérias dúvidas acerca disso…

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