O património arquitetónico e cultural, e as recentes descobertas de vestígios da presença judaica nesta vila serrana, constituem os principais argumentos da proposta recentemente apresentada, pela Câmara Municipal de Seia, para a integração de Santa Marinha à Rede de Aldeias Históricas de Portugal.
Com origem remota, Santa Marinha revela a sua história no rico Património Artístico e Arquitetónico de várias épocas, em que se congregam de forma perfeita as funcionalidades urbana e rural, mas também oficinal, patente na arquitetura da malha urbana e de seus monumentos.
A localidade é rica em exemplares de casas datadas dos séculos XV a XVIII, além de solares, pelourinhos, monumentos religiosos, fontanários, cruzeiros e alminhas, que se distribuem desde a principal rua, onde outrora se situaram os principais locais de artes e ofícios, mas também na periferia, onde a atividade oficinal considerada mais poluente ou pesada se situava, como sejam os pisões, moinhos, ferragens, tecelagens e lavagens, entre outras.
A sua localização geográfica, a orografia, o clima e os solos propícios à atividade agrícola e pecuária, as raízes históricas, sobretudo a criação do Concelho com respetivos Forais (Antigos e Novo), favoreceram a que se estabelecessem núcleos e comunidades de cidadãos, específicas nas suas características sociais, culturais e económicas, diferenciadas, mas complementares na vida desses núcleos que variam entre, ainda hoje, a sede de Freguesia e as anexas, a maioria de origem muito recuada.
Cristãos e Judeus coabitaram aqui inicialmente de forma pacífica, havendo notícias e processos da ação da Inquisição.
Cristãos e Judeus coabitaram aqui inicialmente de forma pacífica, havendo notícias e processos da ação da Inquisição.
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