sábado, 8 de dezembro de 2012

Impacto do IPG na região foi superior a 24,6 milhões de euros

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) teve um impacto económico superior a 24,6 milhões de euros no distrito em 2011, revelou Constantino Rei na sessão solene de abertura do ano académico. Na última segunda-feira, o presidente do IPG puxou dos galões da instituição ao divulgar os primeiros resultados de um estudo, que está a ser finalizado, sobre a influência do Politécnico nas empresas e no desenvolvimento da cidade e região.

E, pelos vistos, os números não enganam. A começar pelo valor do impacto económico do Instituto na região, que representa 1,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos doze concelhos das NUT Beira Interior Norte e Serra da Estrela – faltam Aguiar da Beira (Dão-Lafões) e Vila Nova de Foz Côa (Douro). Para Constantino Rei, economista de formação, isto significa que «cada euro gasto pelo Estado no financiamento do IPG gera 2,01 euros de atividade económica na região». Além disso, apurou-se também que o número de indivíduos com atividade profissional atribuída à presença do IPG situava-se no ano passado entre 7,3 e 10,9 por cento da população ativa do distrito. O estudo, realizado por professores da instituição, conclui, por outro lado, que os graduados pelo IPG vão contribuir para o Estado com mais de 8,2 milhões de euros de impostos durante a vida ativa. Mas Constantino Rei esclareceu que este valor apenas diz respeito aos alunos que permanecem na região (Guarda e Seia) e que responderam ao inquérito.
Outro dado a reter indica que estes graduados terão um impacto direto do capital humano correspondente a aproximadamente 13 milhões de euros na Guarda e a 2,7 milhões de euros em Seia. Além disso, o estudo realça que as empresas mais inovadoras da região são as que empregam mais formados no Instituto, sendo que este “cluster” – não identificado por Constantino Rei – é «o que está mais satisfeito com o trabalho prestado pelos profissionais formados no IPG». A recorrer a este retrato do Politécnico, nunca antes feito com a abrangência revelada, Constantino Rei pretendeu sublinhar que o Instituto guardense é um parceiro com que empresas, instituições e autarquias da região devem contar. «As instituições de ensino superior do interior são absolutamente vitais para manter alguma coesão das regiões e não aprofundar ainda mais o fosso litoral-interior», declarou.
«Não são os poucos milhões que o Estado aqui gasta que resolverão os problemas de défice do país, nem estas instituições são geradoras de défices, antes pelo contrário, são instituições dinâmicas capazes de gerar riqueza e puxarem pelo país», sublinhou. No seu discurso, o presidente lembrou também que o IPG «não perdeu assim tantos alunos, como alguns dizem», e exemplificou: «Nos últimos quatro anos, o orçamento colocado à nossa disposição – e estamos já a tomar como referência o orçamento previsto para 2013 – reduziu-se mais de 27 por cento, enquanto o número de alunos diminuiu apenas pouco mais de 4 por cento». De resto, contrabalançou esta redução de estudantes com o facto do Instituto ser atualmente «mais produtivo e ter mais intervenção e impacto na comunidade do que há 11 anos». Para o futuro, além de tranquilizar a academia guardense, Constantino Rei deixou também algumas sugestões para que o ensino politécnico seja valorizado e reforçado, tendo assumido como grande inimigo o abandono precoce no secundário.

Ler mais: http://www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=683&id=37845&idSeccao=8943&Action=noticia

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Gravuras rupestres de Foz Côa nas latas da Coca-Cola

Quando pedir uma Coca-Cola num café não se admire se lhe trouxerem uma lata com uma interpretação criativa das gravuras rupestres do Vale do Côa. É que este “ex-libris” do concelho duriense foi um dos três monumentos portugueses – classificados pela UNESCO como Património da Humanidade – escolhidos pela marca para a coleção “Património Revisitado”. Os outros dois são o Convento de Cristo, em Tomar, e o Palácio da Pena, em Sintra.

O presidente da Câmara de Foz Côa, que na semana passada esteve na cerimónia de apresentação da coleção em Azeitão, diz que é uma «grande satisfação» ver as gravuras rupestres associadas «a uma das marcas mais famosas do mundo». Gustavo Duarte sublinha tratar-se de um «veículo promocional bastante importante» e que esta ««é sempre mais uma forma
de falar do concelho». Nesse sentido, o edil acredita que a divulgação de um dos Patrimónios Mundiais da UNESCO existentes no concelho nas latas de um dos refrigerantes mais conhecidos do mundo pode «ajudar a canalizar mais gente para visitar as gravuras, pois as latas podem sempre ser motivo de conversa numa esplanada ou num bar». O autarca reconhece ter ficado surpreendido quando foi contactado pela Coca-Cola para esta iniciativa porque «não tinha conhecimento do projeto», mas não estranhou a escolha porque as gravuras rupestres são «um património único no mundo».

As novas latas já começaram a ser comercializadas exclusivamente em hotéis, restaurantes e bares


Ruínas romanas descobertas em Mangualde no século XIX vão poder ser visitadas

Descobertas em finais do século XIX, as ruínas romanas da Quinta da Raposeira, em Mangualde, vão finalmente poder ser visitadas, após os trabalhos de restauro e valorização em curso, que devem estar concluídos dentro de um ano.
“Mangualde tem este espaço há muitos anos um bocado abandonado”, admitiu à agência Lusa o presidente da autarquia, João Azevedo, que pretende que as ruínas romanas da Quinta da Raposeira venham a ser um importante ponto turístico do concelho e da região.
Para isso, serão investidos 150 mil euros, num projeto da autarquia que foi comparticipado em 80 por centro pelo PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural) e começou a ser desenvolvido este mês pela empresa Arqueohoje.
“Acreditamos que este é um bom investimento, embora estejamos num momento de crise e de grandes dificuldades”, frisou.
Segundo António Tavares, arqueólogo e gestor do património cultural da autarquia, as ruínas romanas da Quinta da Raposeira foram descobertas em finais do século XIX, pelo poeta e magistrado Alberto Osório de Castro, que costumava passar férias em Mangualde, onde tinha família.

(Texto: Agência Lusa)

Dispara número de imigrantes que querem regressar a casa

A crise económica e o desemprego em Portugal estão a levar muitos imigrantes, sobretudo brasileiros e angolanos, a regressar aos seus países de origem, avançou à Lusa um responsável da Organização Internacional das Migrações (OIM).Desde 2008 e até outubro deste ano, o número de imigrantes que pediram apoio à OIM para regressar aos seus países de origem aumentou mais de 80%, sendo que o grande aumento se verificou de 2009 para 2010.
Os dados são apenas parciais, já que são contabilizados apenas os imigrantes que pedem apoio da Organização Internacional para as Migrações, ao abrigo do Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração (PRV), avisa o responsável pelo programa Luís Carrasquinho, referindo que estes valores “representam uma percentagem pequena da população imigrante em Portugal”.
No entanto, a informação permite verificar que, a partir de 2010, houve “um aumento acentuado” de imigrantes a querer regressar ao seu país de origem.
Em 2008 e 2009, os números de beneficiários deste apoio foram, respectivamente, de 347 e 381 pessoas.
Em 2010, o número saltou para as 562 pessoas, continuando a crescer em 2011, para 594.
Até Outubro deste ano, a OIM já apoiou o regresso de 626 imigrantes.
As justificações são quase sempre as mesmas: desemprego, dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e precariedade no vínculo laboral, além das dificuldades em regularizar a situação em Portugal.

Ler mais: http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=64307

POPH - Abertura de candidaturas


TI 6.2, 8.6.2 e 9.6.2 / TI 6.4, 8.6.4 e 9.6.4 – Qualificação de Pessoas com Deficiência ou Incapacidade/ Qualidade dos Serviços e Organizações

Consulte aqui o aviso de abertura;
Consulte aqui a documentação de suporte à candidatura:
- TI 6.2, 8.6.2 e 9.6.2 – Guia de Apoio;
- TI 6.4, 8.6.4 e 9.6.4 – Guia de apoio.

 TI 6.10 –  Acções de Investigação e Promoção de Campanhas de Sensibilização da Opinião Pública em Matéria de Imigração
Consulte aqui o aviso de abertura.
 
TI 4.2 – Promoção do Emprego Científico
Consulte aqui o aviso de abertura.

Desemprego: comércio, restauração e educação entre os piores

Comerciantes, empregados de restaurantes, professores, assistentes sociais, construtores civis são algumas das profissões de maior risco em Portugal e é nessas áreas que se tem verificado um maior crescimento do número de desempregados.

Uma análise ao mercado de trabalho realizada este ano pelo Observatório do Emprego e Formação Profissional mostra que, ao todo, até outubro já existiam mais de 870 mil desempregados em Portugal registados pelo Instituto Nacional de Estatísticas, o que representa a mais alta taxa de desemprego de sempre, estando a situação a agravar-se em quase todos os setores de atividade.

O número representa uma subida do desemprego de 26,3% relativamente a setembro de 2011 e é particularmente pesado entre aqueles que trabalham no chamado setor dos serviços, que engloba profissões como professores, médicos, vendedores, advogados, e todo o tipo de comércio, adianta a Lusa.

Mais de metade dos portugueses à procura de novo emprego provém deste tipo de profissões. Em setembro passado (últimos dados disponibilizados pelo INE) o crescimento do desemprego entre estas profissões chegava perto dos 30% relativamente ao mesmo período do ano passado.

Uma análise do Observatório do Emprego e Formação Profissional publicada em outubro (embora com dados relativos a 2011) mostra que no setor dos serviços, o maior número de desempregados é o do comércio, (28,4% do total deste segmento de desempregados) seguido pelo do alojamento e restauração (17,6%) e depois pelos da educação, das atividades administrativas e serviços de apoio (7,6%) e das atividades de saúde humana e apoio social (7%).

O observatório conclui ainda que quase 60% dos desempregados à procura de novo emprego são oriundos do setor de serviços, mas que mais de um terço dos desempregados (37,8%) pertence ao setor industrial. Na agricultura, o número de desempregados representa apenas 2,3%.

Ler mais em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/desemprego-restauracao-comercio-educacao-iefp-agencia-financeira/1399670-1730.html

Segurança Social e Educação suportam 85% da reforma do Estado

Vítor Gaspar pediu corte de mil milhões de euros na Educação e 2.700 milhões na Segurança Social. 
  
Segurança Social e Educação são as funções sociais do Estado que vão suportar a maior fatia do corte de 4,4 mil milhões de euros que o Governo tem de fazer no âmbito da reforma do Estado. Ao que o Diário Económico apurou, só nestas duas áreas, o Ministério das Finanças definiu uma redução de cerca de 3.700 milhões de euros, o que corresponde a 85% do total do corte na despesa.

A Saúde também será chamada a contribuir, mas apenas com um corte de cerca de 180 milhões. Às áreas da Justiça, Defesa e Administração Interna caberá uma fatia de 500 milhões de euros, como tinha já sido confirmado publicamente pela ministra Paula Teixeira da Cruz. No total, chegar-se-á a cerca de 4,4 mil milhões de euros, um valor ligeiramente superior aos quatro mil milhões inicialmente anunciados pelo primeiro-ministro. O grosso destas reduções está previsto para 2014, mas uma parte (832 milhões de euros) poderá avançar já no próximo ano.

in http://economico.sapo.pt/noticias/seguranca-social-e-educacao-suportam-85-da-reforma-do-estado_157961.html

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

«Se acabarmos com Estado Social, pobreza pode chegar a 43%»

Em Portugal, há 2,6 milhões de pessoas em risco de pobreza. E o cenário ainda pode piorar. De acordo com o presidente da Cáritas «se cortarmos no Estado Social vamos ter níveis de pobreza incomportáveis». Ou seja, rapidamente podemos «passar para uma taxa de 43%» de pobreza.

Em entrevista ao programa «Terça à Noite», da Rádio da Renascença, Eugénio da Fonseca deixa as questões: «Qual é o país que consegue vingar com 43% de taxa de pobreza?»; «Porque é que a mulher de um administrador de uma empresa deve receber subsídio de desemprego?» ou «Porque é que se acumulam reformas?».

Para o responsável, o problema é só um: não passa pela riqueza mas pela «distribuição dessa mesma riqueza». Até porque hoje em dia «há um novo tipo de pobreza envergonhada de gente que tem uma outra cultura», disse.

O novo desafio passa, assim, por ajudar as pessoas (desempregadas) a criar um posto de trabalho», mostrando-lhes que há uma saída, defendeu Eugénio da Fonseca, antes de atacar o rendimento mínimo garantido: « Também devia ser definido um rendimento máximo», atirou.

O líder da Cáritas lembrou ainda o aumento dos níveis de violência atuais, que são preocupantes.