quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

«Se acabarmos com Estado Social, pobreza pode chegar a 43%»

Em Portugal, há 2,6 milhões de pessoas em risco de pobreza. E o cenário ainda pode piorar. De acordo com o presidente da Cáritas «se cortarmos no Estado Social vamos ter níveis de pobreza incomportáveis». Ou seja, rapidamente podemos «passar para uma taxa de 43%» de pobreza.

Em entrevista ao programa «Terça à Noite», da Rádio da Renascença, Eugénio da Fonseca deixa as questões: «Qual é o país que consegue vingar com 43% de taxa de pobreza?»; «Porque é que a mulher de um administrador de uma empresa deve receber subsídio de desemprego?» ou «Porque é que se acumulam reformas?».

Para o responsável, o problema é só um: não passa pela riqueza mas pela «distribuição dessa mesma riqueza». Até porque hoje em dia «há um novo tipo de pobreza envergonhada de gente que tem uma outra cultura», disse.

O novo desafio passa, assim, por ajudar as pessoas (desempregadas) a criar um posto de trabalho», mostrando-lhes que há uma saída, defendeu Eugénio da Fonseca, antes de atacar o rendimento mínimo garantido: « Também devia ser definido um rendimento máximo», atirou.

O líder da Cáritas lembrou ainda o aumento dos níveis de violência atuais, que são preocupantes.
 

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