quarta-feira, 27 de junho de 2012

Conheça os apoios para as empresas em dificuldade

Para empresas em dificuldades, há a linha PME Crescimento e a possibilidade de moratórias sobre os créditos. 
  
Portugal vive num "contexto de dificuldades de financiamento e de falta de liquidez na economia, o que impede as empresas de aumentarem a competitividade e consequentemente gera um aumento da taxa de desemprego e dificulta a recuperação da economia". O diagnóstico foi feito pelo próprio ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.
As empresas com dificuldades de tesouraria poucas alternativas têm além de recorrer à linha PME Crescimento, com uma dotação de 1,5 mil milhões de euros. Os ‘spreads' variam entre 4,813% e 5,375%, valores inferiores aos praticados no mercado, o que ajuda a justificar o interesse das empresas nesta linha. O ministro reconheceu o sucesso da linha que já está usada em 80%, ou seja, apoiou cerca de 900 operações, num total de 1.218 milhões de euros. Por isso, Álvaro Santos Pereira já admitiu que o Executivo está a trabalhar no reforço da linha.
Outra das facilidades de que os empresários podem dispor é pedir uma moratória sobre os créditos que contraíram no âmbito das várias linhas de crédito lançadas pelo Estado.
Os dados mais recentes revelam que cerca de oito mil empresas já recorreram a esta facilidade, até Março. Ou seja, desde Outubro de 2011 até ao final de Março, já foram aprovadas 8.235 operações, que correspondem a 1,25 mil milhões de euros de empréstimos totais, que durante um ano apenas pagam juros (com um ‘spread' mais elevado) e não fazem qualquer amortização de capital.
Quando se entra no capítulo do investimento, o leque de possibilidades é mais vasto. Por um lado, há o capital de risco. No âmbito da recente reforma apresentada pelo Executivo, as empresas têm disponíveis 140 milhões de euros públicos para financiar novos projectos, sendo que 20 milhões estão reservados, só para este ano, para os projectos em fase de ignição. Existem ainda os fundos comunitários que agora, após a reprogramação estratégica que deverá ser entregue em Bruxelas até 15 de Julho, não só beneficiam de uma taxa de comparticipação superior (pode no limite ir até 85%), mas também foram realocados de modo a privilegiar mais as empresas.
Do ponto de vista fiscal, João Carlos Gomes, ‘partner' da Deloitte para incentivos fiscais, sublinha o SIFIDE II que "concede um crédito fiscal sobre as actividades de investigação e desenvolvimento realizadas, correspondente a uma taxa de 32,5% das despesas de I&D realizadas e uma taxa incremental de 50% do acréscimo das despesas realizadas, em relação à média aritmética simples dos dois exercícios anteriores".

Trabalho publicado na edição de 21 de Junho de 2012 do Diário Económico

Diplomados do IPCB criam o seu próprio emprego

Depois de terem concorrido ao Poliempreende 2010/2011, três diplomados do IPCB/Escola Superior de Tecnologia acabam de lançar a sua própria empresa.

 
Fonte: Instituto Politécnico de Castelo Branco A participação no concurso de ideias de negócio, criado pelo Politécnico de Castelo Branco, fermentou-lhes o espírito empreendedor. A partir de finais de 2011, com o apoio do IPCB, iniciaram o desenvolvimento de projetos e soluções informáticas para “making your life easier everyday”. Cristiano Santos, André Gonçalves e Fábio Agapito, recém-licenciados do curso de Engenharia Informática do Instituto Politécnico de Castelo Branco/Escola Superior de Tecnologia (IPCB/EST), constituíram, no passado dia 8 de junho, uma empresa de prestação de serviços de Internet. Com o nome de AroundExtreme Informática, a empresa é o resultado do espírito empreendedor que os três jovens colocaram no projeto concorrente à 8ª edição do Poliempreende. Esse e outros serviços, na área de Informática, que têm vindo a desenvolver, desde finais de 2011, para diversas empresas e instituições da cidade de Castelo Branco permitiu-lhes, agora, criar o seu próprio emprego. Com o apoio do IPCB, que lhes tem permitido funcionar nas instalações da EST, a AroundExtreme conta já com cinco projetos e soluções concretizados. Outros dois serão lançados em breve. Na sua carteira de clientes, os diplomados pelo IPCB/EST somam já com duas escolas de condução, a Granja Park e a Albinstrutora, para cujas empresas construíram a página web e ferramentas de gestão, e ainda na área do desenvolvimento web concretizaram, igualmente, uma página portefólio para o ateliê Olegário Bernardino Isidro – Arquitetos e a página web para um IV Congresso de Análises Clínicas e Saúde Pública. Em construção têm o sítio da internet para a associação de caça Malpicaça. Como projeto próprio, a AroundExtreme apresenta a solução informática “Gestão de Consumos de Automóveis” destinada a empresas e privados. Trata-se de um fórum em que os utilizadores partilham as suas opiniões e que se destina àqueles que pretendem melhorar os consumos/gastos com os seus automóveis. Em fase final de desenvolvimento está, também, o projeto com que os jovens diplomados do IPCB concorreram à 8ª edição do Poliempreende. Trata-se de uma solução informática com o nome “Home4Students” que destina a ajudar os estudantes a alugarem casa ou “ fazer intercâmbio com outra pessoa, em apenas 4 passos”. Para os jovens da AroundExtreme, «o Home4Students é um sistema de procura de casa, que oferece um inovador sistema de pesquisa que permite avaliar as melhores casas. O Home4Students analisa cada uma das habitações anunciadas e apresenta todos os pontos de interesse num raio de 1 Km. Mais, o Home4Students utiliza um sistema de avaliação de casas, com base nas opiniões dos utilizadores, que permite às pessoas que estiveram na casa dar o seu parecer sobre a qualidade da habitação». Já o intercâmbio através do Home4Students «é a oportunidade única de explorar novos horizontes e adquirir uma experiência académica diferente. O Intercâmbio consiste numa troca de habitação entre duas pessoas, tendo por base o seu local de origem e destino». Como oferta para o mercado, a AroundExtreme apresenta serviços como WebDevelopment, WebDesign e ReDesign, Social Profile Development, Suporte e Manutenção de Sistemas Web e Suporte e Manutenção de Computadores.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Qualidade de Vida nas Capitais de Distrito

A Deco Proteste publicou a lista das cidades capitais de distrito com maior indicador de qualidade de vida.

Entre setembro e novembro de 2011, enviou um questionário a uma amostra representativa da população de cada capital de distrito de Portugal continental. Incluiram ainda Funchal, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Para os vários critérios analisados, indicam a avaliação dada pelos inquiridos, com o máximo de 100. Ao colocar o cursor no critério em causa, encontra as cidades que se destacaram pela positiva e pela negativa, na comparação nacional e na internacional.

POSIÇÃO
CIDADE
ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA
1
Viseu 
64
2 Funchal  61
3 Angra do Heroísmo  60
4 Castelo Branco  60
5 Ponta Delgada  58
6 Bragança  58
7 Viana do Castelo  57
8 Leiria  56
9 Vila Real  56
10 Coimbra  56
11 Aveiro  56
12 Braga  54
13 Santarém  54
14 Faro  52
15 Guarda  52
16 Beja  51
17 Porto  51
18 Évora  51
19 Portalegre  50
20 Lisboa  48
21 Setúbal  46

Veja a versão completa: http://www.deco.proteste.pt/casa/qualidade-de-vida-em-124-cidades-de-5-paises-s714001.htm

Transblues - Festival de Blues Béjar/ Guarda

Decorre, entre os dias 11e 22 de Julho a 4ª Edição do Transblues - Festival de Blues Béjar/ Guarda. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Teatro Municipal da Guarda (TMG)  e a Junta de Castilla y León.

Os concertos, na Guarda, decorrem no Café Concerto do TMG, entre o dia 18 e 19 de Julho, com início às 22.00, e no Jardim José Lemos, entre os dias 20 e 22 de Julho, com início às 21.30.

Fica aqui uma das bandas presentes, Spikedrivers (Reino Unido).


 



E o cartaz.

Períodos de candidatura ao concurso nacional de acesso ao ensino superior



Períodos de candidatura ao concurso nacional de acesso ao ensino superior:
De 16 a 27 de julho Apresentação da candidatura à 1.ª fase
Em 10 de setembro Divulgação do resultado da 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior.
De 10 a 21 de setembro Apresentação da candidatura à 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior.
Em 27 de setembroDivulgação dos resultados da 2.ª fase
De 27 de setembro a 5 de outubro Apresentação da candidatura à 3.ª fase
Em 11 de outubroDivulgação dos resultados da 3.ª fase


Informam-se os interessados que se encontram a decorrer os prazos dos concursos especiais de acesso ao ensino superior (regimes especiais, mudanças de curso e transferências).

Consulte as
 vagas aqui . Para mais informações, consulte as respectivas escolas.
Site do DGES-MCTES
in http://www.ipg.pt/acessoensinosuperior/

ESTH PARTICIPA NA MOSTRA GASTRONÓMICA DO FESTIVAL DO FADO

ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E HOTELARIA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA PARTICIPA NA MOSTRA GASTRONÓMICA DO FESTIVAL DO FADO E
por ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E HOTELARIA - INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA a Terça-feira, 26 de Junho de 2012 às 16:54 ·
Na passada sexta feira, dia 21 de junho de 2012, uma delegação da ESTH/IPG composta por alunos, professores e dirigentes deslocou-se à capital espanhola para participar na mostra gastronómica da 2ª edição do Festival do Fado que decorreu naquela cidade de 21 a 24 de junho.

Sob o tema “Casa de Fados”, este ano, o festival apresentou aos visitantes uma atmosfera mais intimista e propondo uma viagem pela história do Fado e dos bairros típicos de Lisboa que serviu de inspiração às propostas gastronómicas desenvolvidas pela equipa de trabalho da ESTH/IPG composta pelos Chefs Diogo Rocha e João Ramalho, pelo Formador Nelson Soares, por 18 alunos do 2º ano do Curso de Restauração e Catering e com a coordenação do subdirector da ESTH/IPG, Professor António Melo. De acordo com este dirigente “faz parte da política da ESTH/IPG promover a participação dos nossos docentes e alunos em eventos internacionais, desde feiras de turismo europeias, mas também em outros eventos de cariz mais académico. Para além disso, possuímos também parcerias com outras instituições de ensino superior internacionais que facilitam o intercâmbio de cultura e de conhecimento, que tem sido fundamental para o crescimento da ESTH e do IPG no panorama globalizado do Ensino Superior.

A Escola Superior de Turismo e Hotelaria do IPG aceitou prontamente o desafio lançado pela organização do evento para participar na componente gastronómica do festival porque “nunca dizemos que não a um desafio”, até porque entende-se que todos têm a obrigação de fazer mais pela gastronomia portuguesa. “Não somos jogadores da seleção nacional, somos um bocadinho mais”, afirmou o João Ramalho, um dos Chefs da ESTH/IPG presente no certame.

Com mais esta participação internacional a Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda assume-se cada vez mais como uma instituição de referência ao nível do ensino e da investigação em Turismo, Hotelaria e Restauração.



Património do centro histórico da Guarda em painéis informativos

O Interior - Diário da Guarda - 21-06-2012 - Sociedade - Património do centro histórico da Guarda em painéis informativos

Dez regras do Código do Trabalho que vão mudar

Menos quatro feriados, três dias de férias. Cortes nas horas extra e nas indemnizações são algumas das alterações em vigor a 1 de Agosto. 
  
As alterações ao Código do Trabalho foram publicadas hoje em Diário da República e vão entrar em vigor a 1 de Agosto. Com as novas regras, os portugueses vão poder contar com horas extra mais baratas, mudanças no despedimento e mais dias de trabalho. Mas os cortes nas férias e feriados só surtem efeito em 2013. Saiba tudo o que muda na vida dos trabalhadores portugueses.

1 - Menos feriados adiado para o próximo ano
O fim de quatro feriados só vai entrar em vigor a partir de 2013. Em causa estão dois feriados civis (5 de Outubro e 1 de Dezembro) e dois religiosos (Corpo de Deus e 1 de Novembro) que dependiam da negociação da Concordata. Foi essa negociação que ditou que os feriados religiosos ficassem suspensos apenas por cinco anos. Este prazo não ficou definido nasalterações à lei mas o Governo assumiu o compromisso de reavaliar o acordo com a Santa Sé findo esse período.

2 -Menos três dias de férias a partir de 2013
A eliminação dos três dias extra de férias (para 22) ligados à assiduidade também só entra em vigor a partir de 2013. Isto porque o gozo de férias diz respeito ao trabalho prestado no ano anterior. Em causa estão todas as majorações estabelecidas depois de 1 de Dezembro de 2003.

3 - Empresas podem encerrar em ‘ponte'
Além dos períodos já previstos na lei, as empresas poderão encerrar para férias em dias de ‘ponte'. Esta medida também só tem início a partir de 2013 e as empresas terão de informar os trabalhadores desta intenção até 15 de Dezembro do ano anterior. Por outro lado, quem faltar injustificadamente ao trabalho em dia de ‘ponte' pode perder até quatro dias de salário.

4 - Bancos de horas com negociação individual
Quando a lei entrar em vigor, os bancos de horas poderão ser negociados directamente com os trabalhadores, podendo implicar mais duas horas de trabalho diário, até 150 horas extra por ano. Actualmente, os bancos de horas só podem ser instituídos por contratação colectiva. Até aqui, este regime podia ser compensado em descanso ou pagamento mas poderá agora resultar no alargamento do período de férias. Além disso, o regime poderá estender-se à equipa se uma maioria aceitar.

5 - Horas extra pagam metade
O pagamento de horas extra vai cair para metade, o que também terá efeitos em alguns casos de isenção de horário. E os Instrumentos de Regulamentação Colectiva de Trabalho (IRCT) que definam valores mais elevados ficarão suspensos por dois anos; depois, o corte para metade aplica-se aos valores previstos nesses IRCT. Desaparece o direito a descanso compensatório.

6 - Indemnizações vão descer em Novembro
As compensações por despedimento vão descer em Novembro e, para já, o Código do Trabalho aponta o valor de 20 dias de retribuição-base e diutunidades por cada mês de trabalho (contra os actuais 30 dias). Mas a verdade é que o Governo vai reduzir ainda mais este valor, para o nível da média europeia, que a ‘troika' indica entre 8 e 12 dias. Como esse valor ainda não está acordado com os parceiros sociais, as alterações ao Código acabaram por fixar, para já, o nível de 20 dias. Até porque é este o valor que já se aplica hoje a quem iniciou funções a partir de Novembro de 2011. Quem começou a trabalhar antes, tem direito a 30 dias de retribuição por ano. A partir de Novembro, terá direito a uma compensação mais restrita, baseada em duas fórmulas. A primeira (30 dias) aplica-se ao tempo de trabalho até Outubro de 2011, a segunda (que o Código indica 20 dia mas que será substituído por um valor entre 8 e 12) aplica-se no tempo de trabalho prestado a partir de Novembro. No entanto, será estabelecido um tecto de 12 meses ou 240 salários mínimos (116,4mil euros) nas compensações. Quer isto dizer que, quem já hoje tem direito a mais de 12 salários-base, verá o valor da sua indemnização "congelado" e não pode acumular a partir de Novembro. Prevê-se a criação de um fundo (ou mecanismo equivalente) empresarial para financiar parte das compensações. Tanto o fundo como o corte das compensações para a média europeia tem ainda de passar pelo Parlamento mas estas alterações já estão acordadas com os parceiros sociais. E o próprio preâmbulo do Código do Trabalho - que não foi publicado hoje em Diário da República - recordava o objectivo de reduzir as compensações a partir de Novembro.

7 - Empresas escolhem critério para despedir
No despedimento por extinção de posto de trabalho, a empresa poderá escolher critérios relevantes e não discriminatórios na escolha do posto a eliminar, caindo os actuais critérios de antiguidade. Tanto neste caso como no despedimento por inadaptação, deixa de ser obrigatório tentar transferir o trabalhador para outro posto.

8 - Inadaptação não exige mudanças no posto
O despedimento por inadaptação pode existir mesmo sem alterações no posto de trabalho (como introdução de tecnologias). Esta obrigação também cai no caso de cargos de complexidade técnica ou direcção. Estes já hoje podiam ser despedidos quando há metas acordadas e não cumpridas mas tinha de existir modificações no posto. Esta obrigatoriedade vai cair mas só para metas acordadas depois da aplicação da lei.

9 - Comissão de serviço
O regime de comissão de serviço poderá ser alargado a outras funções de chefia, o que implica maior liberdade de despedimento.

10 - Lay-off com novas regras
O ‘lay-off' vai obrigar a empresa a disponibilizar aos trabalhadores documentos que fundamentem a medida. Serão reduzidos os prazos de decisão e de aplicação mas a empresa fica proibida de despedir trabalhadores nos 30 ou 60 dias seguintes.

Cristina Oliveira da Silva in Diário Económico

Região da Serra da Estrela teme “efeito devastador” das portagens na ocupação de verão

A hotelaria da Serra da Estrela e concelhos em redor teme que as portagens tenham um «efeito devastador» na ocupação hoteleira deste verão.

 
A época alta é o inverno, graças à neve, mas os hotéis oferecem programas de turismo de natureza, gastronomia e visitas ao património histórico e cultural para tentar conquistar clientes na época baixa de verão. Só que, este ano, pode não haver programa que chegue para fazer face à redução de poder de compra e à cobrança de portagens nas auto-estradas (A23 e A25) que servem a região. Os clientes da Grande Lisboa são responsáveis por 40 por cento das reservas no grupo Natura, que tem cinco hotéis na região, na Covilhã e Guarda, e as portagens «estão a travar as reservas», refere Luís Veiga, diretor-geral do grupo. Os números ainda estão a ser apurados, mas as expetativas para o verão «não são nada boas: as portagens podem ter um efeito devastador». A Espanha é outro mercado importante, mas nos primeiros quatro meses do ano a ocupação por espanhóis «caiu para cerca de metade em relação a 2011», acrescenta. José Luís Moreira, diretor-geral da Turistrela, com dois hotéis em plena montanha, alerta para as contas: uma viagem de automóvel de ida e volta, entre a Covilhã e Lisboa «fica em cerca de 150 euros. É demais». Aquele responsável acredita que «não há crise», mas sim «uma mudança política, social e económica que nos vai fazer adotar novos hábitos», contexto no qual «as portagens estão a prejudicar». Nuno Pimenta, diretor-executivo da empresa municipal Fundão Turismo, teme o efeito «sobretudo ao nível das ocupações de curta duração e fim de semana». Ainda assim, destaca «a resiliência» do turismo de natureza e rural na Serra da Gardunha, que pensa estar a assumir-se «como uma âncora na região». Não fossem as portagens e os diretores dos hotéis da região acreditam que teriam argumentos para atrair cada vez mais turistas. A Fundão Turismo aposta no programa de animação de eventos, como a Festa da Cereja, Semana Cultural Terras do Xisto ou o Festival Chocalhos. Entre os 1000 e 2000 metros de altitude, a Turistrela promove pacotes de reuniões em altitude para executivos, lado a lado com um passaporte de experiências na montanha que inclui passeios pedestres e de bicicleta. Para além do turismo de natureza na Serra da Estrela, o grupo Natura destaca as atividades ligadas à cereja do Fundão «que vai continuar a ser colhida até ao mês de julho», o núcleo museológico de Belmonte e o turismo religioso e histórico na Guarda. No entanto, há também queixas sobre a falta de divulgação da região nas campanhas oficiais de promoção do turismo. Luís Veiga já se queixou «junto do Turismo de Portugal e já se discutiu o assunto na Associação de Hotelaria de Portugal. Há campanhas em Espanha que só se oferecem dormidas para o Algarve e o resto do país não existe». Ao nível da promoção interna, «há campanhas na RTP que esquecem a Serra da Estrela» e a divulgação ao nível do Turismo do Centro «só fala atualmente das Aldeias do Xisto, que é um produto muito bom, mas isto parece-nos muito curto». José Luís Moreira acredita que a Serra da Estrela «tem muito para oferecer ao nível do turismo da natureza, mas ainda falta caminhar muito para Portugal promover essa realidade».

Brasileiros investem na área da biotecnologia no Fundão


Investimento brasileiro na área da biotecnologia inclui central de biomassa e ascende a 60 milhões de euros.

Fonte: Fundão Turismo
Uma comitiva brasileira de Campinas, estado de São Paulo, iniciou hoje uma visita de dois dias à Cova da Beira, integrando representantes do município de Campinas, da CIATEC e da empresa Vital Green, criada no Fundão com capitais brasileiros. O município brasileiro e a CIATEC estabeleceram com a Câmara do Fundão protocolos de cooperação que ratificam parcerias em curso para construção no concelho de uma central da biomassa e de uma biofábrica, com laboratórios e estufas para melhoramentos de plantas.