Portugal fechou o ano de 2012 com um défice de 5%, 700 milhões de euros abaixo
do limite imposto pela troika. Conforme já tinha avançado o ministro das
Finanças, a meta foi cumprida, depois de a troika ter relaxado o objetivo
precisamente para 5% do Produto Interno Bruto.
Para este
cálculo, entram 800 milhões de euros relativos à concessão da ANA-Aeroportos,
encaixe que é contabilizado já nas contas de 2012.
«O valor
provisório do défice das Administrações Publicas, em fluxos de caixa, relevante
para o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro situou-se em 8.329 milhões
de euros (5% do PIB). Este valor compara com um limite estabelecido no Programa
de 9.028 milhões de euros (5,4% do PIB)», lê-se na síntese da execução
orçamental de dezembro, publicada esta quarta-feira pela Direcção-Geral do
Orçamento.
Na altura em que a meta da troika foi
estabelecida, esses 9 mil milhões de euros correspondiam a 5% do PIB. No
entanto, o valor do Produto acabou por encolher com a recessão mais profunda.
Isso fez com que a execução orçamental acabasse por ter um peso maior no PIB. Ou
seja, o limite de 9 mil milhões de euros mantém-se, mas passou a representar
5,4% do PIB.
Por isso é que a tutela sublinha que «Portugal
cumpriu, com uma margem de 0,4 pontos percentuais do PIB, o limite do défice em
fluxo de caixa das Administrações Públicas definido no Programa de Ajustamento
Económico e Financeiro».
Receita
muito aquém
«A receita da Administração Central ficou aquém
do esperado em cerca de 880,2 milhões de euros», penalizada sobretudo pela
receita fiscal, que recuou 6,8% face ao ano anterior, para 32.025,2 milhões de
euros. Recorde-se que o Orçamento do Estado para 2012 previa que aumentasse
2,9%.
«O desvio na receita fiscal resulta sobretudo
da evolução do clima económico, o qual se refletiu, em particular, no consumo e
nas importações. Com efeito, a diminuição do consumo repercutiu-se numa menor
coleta de impostos indiretos. Adicionalmente, verificou-se um aumento dos
reembolsos efetuados aos agentes económicos, nomeadamente no que respeita ao
IRC», destaca ainda o documento.
Em pormenor, as receitas resultantes de
impostos diretos afundaram, no total, 9,5%. O encaixe conseguido com o IRS ficou
7,6% aquém e as receitas com o IRC afundaram 17,3%.
Ler mais: http://www.tvi24.iol.pt/economia---troika/defice-execucao-orcamental-receita-governo-dgo-ultimas-noticias/1412854-6375.html
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