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sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Saiba quais os sectores que estão a contratar
As oportunidades são escassas, mas há empresas a recrutar. Empresas exportadoras, construção civil no estrangeiro, tecnologias de informação, mas também nichos de mercado podem ser a solução.
Gestor de exportações e director de mercados internacionais, com destaque nos sectores alimentar, vinícola, industrial e têxtil; director financeiro, ‘controller' financeiro, de crédito e cobranças, analista de risco e chefe de contabilidade, especialistas em direito laboral, fiscal e contencioso e ‘corporate tax', e ainda ‘medical scientific liasion' e ‘market acess' na indústria farmacêutica parecem ser as profissões com mais oportunidades de trabalho. As previsões foram feitas para este ano pela Michael Page, que em contexto de crise foi à procura dos sectores que, apesar do clima económico desfavorável, não deixarão de contratar.
As oportunidades estão cada vez mais difíceis de encontrar, mas existem empresas a contratar para dar a volta à crise. As Tecnologias de Informação e a saúde são, desde logo, sectores com futuro. Mas não só. "Todas as empresas que tenham uma forte componente exportadora terão mais capacidade para contratar. No caso das PME, tudo depende se se dedicam só ao mercado interno ou se exportam. No mercado interno, a quebra do PIB fará com que não haja crescimento do negócio", explica Luís Reis, administrador delegado da Hay Group Portugal. Neste último caso, contratar será mais difícil. Já as empresas de maior dimensão "continuam a recrutar, nos diversos sectores", acrescenta o especialista.
Exemplo disso é a construção civil. As empresas que actuam somente no mercado interno são das mais afectadas pela crise, pelo que não estarão em condições de contratar. No entanto, as que actuam fora de Portugal estão a abrir portas na contratação de engenheiros para irem trabalhar para o estrangeiro. "Temos engenheiros civis muito fortes, que falam não só português como também inglês, e muitas vezes uma terceira língua, convertendo-se em profissionais com um ‘background' de conhecimentos técnicos e uma boa capacidade de adaptação", comentou o director-geral da Michael Page, Álvaro Férnandez, quando apontou as suas previsões de contratação para este ano.
Outro sector em alta continuará a ser o das Tecnologias de Informação, asseguram os especialistas, garantindo que este continua a ser um dos grandes responsáveis pelo recrutamento ao longo de 2012. Uma tendência que não é difícil de perceber, já que "tudo o que fazemos no dia-a-dia está cada vez mais ligado à tecnologia", lembra Luís Reis. E mesmo em empresas de outros sectores, as funções ligadas às novas tecnologias e ao ‘online' serão das mais necessárias. Nas áreas comerciais e de marketing, o destaque vai mesmo para o ‘online' e o comércio electrónico, cada vez mais parte integrante das estratégias das empresas.
Outro dos sectores a não negligenciar é o da saúde. O administrador delegado do Hay Group Portugal não tem dúvidas: "Apesar da crise, o sector continua a necessitar de profissionais da saúde e não só". E isto porque precisa de responder à procura e lidar com o envelhecimento da população. Ou seja, os cuidados de saúde com a terceira idade são uma das áreas com maior perspectiva de crescimento, assim como as tecnologias ligadas à saúde.
‘Last but not least', o sector do retalho e do luxo é, claramente, dos que melhor tem ‘surfado' a onda da crise. Mas não são é o único: "Há nichos de mercado que continuam a apresentar bons resultados e a desenvolver processos de recrutamento para reforçar as suas estruturas", refere Álvaro Férnandez. E exemplo disso é também o sector dos seguros, "que continua a contratar para as suas equipas técnicas de suporte ao negócio e estruturas comerciais segmentadas por canal", conclui.
Os nichos são, em conclusão, uma aposta a ter em conta por quem procura uma oportunidade no mercado de trabalho, tal como acontece nos negócios anti-cíclicos, que não sofrem com a crise, e têm até mais procura nestes períodos difíceis. Exemplos? Empresas que se dedicam à cobrança de dívidas ou as que focam o seu negócio nos chamados produtos ‘low cost'.
Joana Moura e Carla Castro in Diário Económico
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