O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda ao Governo português cortes mais
profundos em várias áreas para alcançar os cortes de 4 mil milhões de euros na
despesa, necessários a partir de 2014. Cortar salários na função pública,
pensões, subsídios de desemprego e outros apoios sociais, bem como o número de
funcionários públicos, são algumas das sugestões do organismo.
De acordo
com o FMI, o corte dos salários dos funcionários públicos, incluindo os mais
baixos, e das pensões (bem como o aumento da idade da reforma) são as duas vias
centrais para a redução do peso do Estado.
O FMI
refere «por exemplo», que um corte de salários entre 3 e 7% pouparia ao Estado
entre 325 e 760 milhões de euros. Os cortes, diz, devem ser permanentes, porque
o «prémio» por trabalhar na função pública em Portugal está, mesmo após as
medidas de austeridade, «entre os mais altos da Europa».
Na função
pública, o FMI sugere ainda cortes nos complementos e suplementos (uma redução
de 20 a 30% pouparia até 300 milhões), o descongelamento dos incentivos ao
mérito, e um aumento do horário semanal para 40 horas, acompanhado de novo corte
na compensação de horas extraordinárias para 15%.
Para
reduzir o número de funcionários, o ideal seriam as recisões amigáveis mas, como
o Governo «não se pode dar ao luxo de pagar rescisões caras», essas devem ser
adiadas para depois da crise. O FMI propõe alternativas para cortar 70 a 140 mil
pessoas: segundo os seus cálculos, um corte de 10 a 20% no pessoal pouparia 794
a 2,7 mil milhões de euros. Uma das sugestões é que, após dois anos na
mobilidade especial, os funcionários sejam despedidos.
Ler mais: http://www.tvi24.iol.pt/economia---troika/fmi-despesa-cortes-austeridade/1408026-6375.html
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