Seis municípios da Beira Interior vão acolher, entre 1 a 19 de maio, um conjunto de dez caminhadas com rebanhos que vão recriar as antigas rotas dos pastores.
Sob o título de Grande Rota da Transumância, as caminhadas pretendem ser uma atração turística e vão passar pelos concelhos de Idanha-a-Nova, Castelo Branco, Fundão, Covilhã, Manteigas e Seia. Vão estar envolvidas 2.013 ovelhas de 12 rebanhos e haverá atividades organizadas em diferentes pontos com as escolas locais, para além de estar programada a passagem por algumas festas. Na apresentação de hoje e em tom informal, os três autarcas aproveitaram para criticar a cobrança de portagens na autoestrada da Beira Interior (A23), em vigor desde dezembro de 2011. «Mesmo com portagens, a aproximação [entre municípios] tem sido uma realidade», ironizou Elsa Fernandes, vereadora da Câmara da Guarda (PS), a que se seguiu o desabafo de Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão (PSD): «vá lá que os rebanhos não passam pelas autoestradas». «Os microchips das ovelhas não são reconhecidos pela Via Verde», ironizou João Carvalhinho, vereador da Câmara de Castelo Branco (PS). A primeira caminhada da Grande Rota da Transumância será feita no dia 1 de maio, entre Alares e Rosmaninhal, no concelho de Idanha-a-Nova e onde antigamente os pastores guardavam os rebanhos durante o inverno, por ser a zona com as condições mais amenas da Beira Interior. Dali e de outros pontos da região partiam em busca dos prados mais frescos no planalto da Serra da Estrela, para passarem o verão. Para dia 3 de maio, em direção à montanha, está marcada a travessia da cidade de Castelo Branco e no dia 04 a caminhada será feita entre a freguesia da Lardosa (Castelo Branco) e a Soalheira, já no concelho do Fundão.
Lusa
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