terça-feira, 31 de julho de 2012

Seca agrava perdas agrícolas



Na região Centro, líder na produção de batata, a produtividade deste alimento regista igualmente uma redução de 40%.

Fonte: Alberto Frias / Lusa A produtividade agrícola regista perdas significativas devido à seca, que este mês sofreu um novo agravamento. As quebras de produção de trigo atingem os 40% no Alentejo. Na região Centro, líder na produção de batata, a produtividade deste alimento regista igualmente uma redução de 40%. No Algarve, os citrinos registam uma diminuição de 30% e a alfarroba de 40%. Em Lisboa e Vale do Tejo há uma redução expressiva na produção de uva de 29%. Também no Norte, a falta de chuva provoca estragos, com uma diminuição de 25% nos produtos hortícolas. O 8º relatório de Acompanhamento e Avaliação dos Impactos da Seca revela que, no final de junho, 80% do território do continente estava em seca severa ou extrema. Numa projecção para este mês, observados valores de precipitação extremamente baixos, a seca sofreu novo agravamento, com 74% do território em seca extrema (nível mais grave) e 17% em seca severa. Ontem, o Instituto da Água revelava uma quantidade de precipitação de 2,5 litros/metro quadrado, muito abaixo do habitual para Julho (10,3 l/m2). A seca levou a que, no primeiro semestre do ano, a importação de energia eléctrica tenha aumentado 152%, revela o relatório elaborado pelo Gabinete de Planeamento e Políticas, do Ministério da Agricultura. O aumento da importação de energia resulta da queda de produção de energia hídrica: menos 64%. O armazenamento das albufeiras foi, em junho, de 53%.
Área ardida triplica face à média
No primeiro semestre deste ano registou-se um número de ocorrências de incêndios quase duas vezes superior ao valor médio do último decénio. Por sua vez, o total da área ardida supera quase três vezes a média dos últimos dez anos. Neste período registaram-se 2752 incêndios (a média anual é de 1367), tendo ardido 35 107 hectares, dos quais 20 930 de mato. Um valor três vezes superior à média registada desde 2002, que é de 12 450 hectares. Os distritos mais atingidos pelos fogos são Braga, Bragança, Guarda, Vila Real e Viseu.

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