Se tivermos em conta os números de agosto, no espaço de um mês houve uma subida de 14,2 por cento, que corresponde a mais 94 desempregados com aquelas habilitações. Mais uma vez, este é um agravamento superior ao da generalidade do país, cuja média se situa nos 11,9 por cento. Desde novembro de 2011 que esta tendência é uma constante relativamente ao Centro de Emprego da Guarda, que abrange os concelhos de Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Guarda, Manteigas e Sabugal. Já no Centro de Emprego da Covilhã, os valores são ligeiramente mais baixos, mas igualmente preocupantes. No final de setembro, havia 928 desempregados licenciados, o que representa mais 265 inscritos face a setembro de 2011 – um acréscimo de cerca de 40 por cento. Já em relação ao mês anterior, o Centro tinha mais 110 desempregados com “canudo”, o que representa uma subida de 13,4 por cento.
Este aumento, superior à média nacional, confirma uma tendência que se verifica desde abril deste ano, altura em que foram contrariadas as descidas de fevereiro e março. Entre abril e setembro os valores agravaram-se continuamente, sendo neste último mês mais 34,7 por cento do que em abril. O Centro de Emprego da Covilhã serve os concelhos de Belmonte, Covilhã, Fundão e Penamacor. Atualmente, os desempregados licenciados são o terceiro maior grupo, em termos de níveis de escolaridade, no Centro de Emprego da Guarda, representando 17,7 por cento do total de inscritos. Na Covilhã, são o quarto, com cerca de 14,9 por cento. Também a representatividade dos níveis de ensino é distinta nos dois serviços, já que no centro guardense o “pódio” é composto pelos três mais elevados: 3º ciclo (1.299), secundário (1.037) e superior; e, na Covilhã, o ensino primário é o segundo maior grupo (1.414), destacando-se ainda o 3º ciclo (1.350) e o secundário (1.502).
Emigração faz recuar desemprego
A nível nacional, disparou 45,4 por cento o número de desempregados que anularam a inscrição nos Centros de Emprego para emigrar no primeiro semestre do ano. Segundos os dados o IEFP, no mês de setembro deu-se um aumento de 48,9 por cento, num total de 2.766 pessoas face ao mesmo mês em 2011.
Esta é a justificação mais utilizada para o recuo da taxa de desemprego em 0,1 pontos percentuais em setembro, situando-se nos 15,7 por cento. Também o desemprego jovem diminuiu para 35,1 por cento, segundo o Eurostat, o que corresponde a uma quebra de 0,6 pontos percentuais.
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