Objetivo era cortar 2% até ao final de 2012. Balanço só até setembro vai muito
além: mais de 31 mil trabalhadores saíram do Estado
O «emagrecimento» da função pública está a ser feito com base numa dieta
rigorosa, que já supera a meta que deveria ser alcançada até ao final do ano.
Essa meta é de 2%, mas o Governo já conseguiu cortar 5,1% no número de
trabalhadores do Estado. Já saíram da Administração Pública mais de 31 mil só
até setembro.
«Neste momento, estamos em condições de poder
anunciar que no final do terceiro trimestre a redução de trabalhadores da
administração pública já está a ultrapassar a
meta que foi proposta para o ano inteiro e antevemos que possamos ficar
claramente acima da meta dos 2%», começou por explicar esta quinta-feira o
secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, no
Parlamento.
Depois, concretizou melhor: «Os dados
provisórios que temos e que serão em principio divulgados ainda hoje apontam
para redução nesta altura na casa dos 5% de trabalhadores da administraçaõ
pública. É evidente que nesta altura esta redução está influenciada pelo
movimento sazonal da colocação de professores contratados, mas de facto o valor a que se chegou neste momento é
bastante significativo».
Ora, entretanto, foi publicada a Síntese
Estatística do Emprego Público que revelou que o corte é, em rigor, de 5,1%.
Assim, até setembro abandonaram funções na administração central 31.439
funcionários, mês em que o emprego no setor das administrações públicas se fixou
nos 581.444 postos de trabalho, representando uma quebra de 5,1% em relação a
dezembro de 2011 (612.883) e de 3,8% em relação a 30 de junho passado
(604.293).
Os dados revelam também uma redução de 5,7% na
administração central, menos 26.228 trabalhadores face a dezembro de 2011
(458.281 trabalhadores).
Na administração regional e local a redução foi
de 5.211 trabalhadores em setembro, uma redução de 3,4% face a dezembro de 2011,
ao passo que na administração local se registou uma descida de 3,8% em setembro
passado, para 117.275 funcionários (menos 4.568 postos de trabalho face a
dezembro).
Ler mais em: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/funcao-publica-cortes-administracao-publica-despesa-funcionarios-publicos-helder-rosalino/1393170-1730.html
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