quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Identificada «hormona da fidelidade» que impede homens de trair

 

Identificada «hormona da fidelidade» que impede homens de trair

Um grupo de cientistas identificou aquilo que se pode chamar de «hormona da fidelidade», oxitocina química que ajuda os homens comprometidos a manterem-se longe de desconhecidas atraentes.


Os homens a quem foi dado uma dose deste composto mantiveram-se10 a15 cmmais longe quando se aproximavam de mulheres belas ou quando elas se aproximavam deles, em contraste com os homens a quem foi dado um placebo.
A oxitocina é produzida naturalmente pelo corpo e está relacionada com o sexo, com a atracção sexual e com a confiança, sendo libertada no fluxo sanguíneo em diversas circunstâncias.
Durante o parto é libertada e activa a produção de leite materno. Quando a mãe amamenta, o composto inunda o cérebro, afinando a relação de confiança entre mãe e filho.
Os investigadores afirmam que a sua descoberta, publicada no The Journal of Neuroscience, sugere que a oxitocina pode promover a fidelidade, mas não parece ter efeito em homens solteiros.
«Investigações anteriores em animais identificaram a oxitocina como elemento chave da fidelidade monogâmica», recordou René Hurle­mann, da Universidade de Bonn, na Alemanha. «Aqui, apresentamos a primeira prova que a oxitocina pode ter um papel semelhante nos humanos».
No estudo, os investigadores forneceram uma dose da hormona ou um placebo via um spray nasal a 57 homens saudáveis e heterossexuais, metade dos quais comprometidos numa relação monogâmica.
Três quartos de hora depois, os participantes foram apresentados a uma mulher que mais tarde descreveram como atraente.
Conforme a mulher se aproximava deles, foi-lhes pedido que indicassem o momento em que ela estava a uma distância ideal, indicando também quando estava numa distância que os fizesse sentir «ligeiramente desconfortáveis».
«Como a oxitocina é conhecida por aumentar a confiança nas pessoas, esperávamos que os homens sob a influência da hormona permitissem que a mulher se aproximasse mais, mas aconteceu precisamente o contrário», explicou Hurle­mann.
A oxitocina não teve efeito nos homens solteiros, que consideraram a mulher atraente, tal como os outros.
Numa investigação paralela, os investigadores descobriram que a hormona não tinha efeito na distância que os homens mantinham entre si e um indivíduo do sexo masculino chamado à experiência.
O psiquiatra Larry Young, da Universidade de Emory, em Atlanta, que não está ligado a este estudo, disse que o estudo sugere que a hormona promove o comportamento monogâmico em espécies desde os roedores até aos seres humanos.

in http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=601811

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