segunda-feira, 18 de junho de 2012

Conheça dois casos de sucesso de empresários apoiados pelo programa comunitário POPH

Conheça dois casos de sucesso de empresários apoiados pelo programa comunitário POPH.
O apoio ao empreendedorismo não se resume a financiamento. Há outras formas de apoiar, que podem dar o impulso que faltava para concretizar ou impulsionar um projecto profissional. Micaela Larish desenha vestuário de dança e Alexandre Pinto concebe audioguias turísticos inovadores. São dois empreendedores de sucesso que foram ajudados pelo Programa Operacional de Potencial Humano (POPH), um programa comunitário de formação para PME.
"Muitas pessoas, por seguirem um sonho, tornam-se empresárias, sendo brilhantes na área que dominam, mas mais tarde ou mais cedo percebem que lhes faltam outro tipo de bases" , diz Micaela Larish, cuja empresa tem o seu nome: Micaela Larish Design.
No seu caso particular, licenciada em Estilismo, esta formação ajudou-a a ganhar "imensa segurança" e "competências em áreas de gestão". Além disso, "não teria estado na Bolsa de Empreendedorismo a falar em público, pois sempre fui bastante tímida". Micaela Larisch foi um dos convidados para contar a sua experiência empresarial de sucesso no evento comemorativo do Dia da Europa, a 9 de Maio, que recebeu o nome de Bolsa de Empreendedorismo, organizado pela Representação da Comissão Europeia em Portugal e no qual participaram entidades financiadoras e associações empresariais e onde foi possível aos visitantes frequentar workshops sobre o tema.
Alexandre Pinto também contou na Bolsa de Empreendedorismo como a formação que recebeu através do POPH o ajudou na sua empresa, a iClio - que concebe um novo conceito de audioguias com ‘tours offline', que podem ser costumizados pelo utilizador e disponível para o mercado móvel (iphone, ipad e android). Para este historiador, a frequentar o doutoramento na Universidade de Coimbra, a ajuda do POPH levou-o a abrir horizontes para além do mundo académico. "Foi um abrir de olhos para um universo de competências por adquirir e absolutamente fundamentais a qualquer director executivo de micro, médias ou grandes empresas", explica Alexandre Pinto, o CEO da iClio, que lançou com ex-colegas de História do mestrado em "European Heritage, Digital Media and the Information Society".
Para Micaela Larisch, esta formação do POPH - que não foi só em sala de aula - permitiu-lhe ter uma consultora para si e para os nove colaboradores, dentro da empresa, ajudando em áreas como a internacionalização, melhoramentos de processos, formação das costureiras e até no lançamento de um projecto de responsabilidade social. Diz que aprendeu, essencialmente, instrumentos de gestão, noções de contabilidade, recursos humanos, ‘coaching' e gestão de tempo. Padronizar a mudança a todos os níveis, seja com fornecedores ou clientes, foi outro dos ensinamentos que tirou.
O POPH está inscrito no QREN, que enquadra a aplicação da política comunitária de coesão económica e social em Portugal no período 2007-2013. Com uma dotação global aproximada de 8,8 mil milhões de euros, dos quais 6,1 mil milhões de comparticipação do Fundo Social Europeu, visa estimular o potencial de crescimento sustentado da economia portuguesa. Estimular a criação e a qualidade do emprego, destacando a promoção do empreendedorismo e os mecanismos de apoio à transição para a vida activa é uma das prioridades.
Duas ideias de negócio
1 - Adança
Micaela Larisch, de 44 anos, queria ser bailarina, mas um problema de saúde impediu-a de concretizar o sonho de criança. Licenciou-se em Estilismo e começou a desenhar vestuário de dança e, assim, encontrou a forma de estar ligada ao meio que a fascina. Em 2000, criou a Micaela Larisch Design, e, em 2007, iniciou a internacionalização. "Estamos sempre em mudança", diz, entusiasmada. Com a facturação a atingir os 150 mil euros, o ano passado, opróximo passo é comprar um ecrã táctil suspenso para as costureiras e o acesso ‘online' dos clientes ao estado da sua encomenda.
2 - Os audioguias
Alexandre Pinto, 31 anos, e os sócios tiveram a ideia de criar a iClio quando frequentavam o mestrado:"European Heritage, Digital Media and the Information Society":produzir conteúdos de alta qualidade na área da cultura e do património, destinados aos novos meios digitais. Foi assim que, em 2010, criaram a empresa, que facturou 50 mil euros em 2011, e cujoprincipal produto é o JiTT (Just in Time Tourist), um audioguia, que não é apenas "mais um guia", insiste Alexandre Pinto, uma vez que oferece conteúdos de excelência, ‘offline' (sem custos de dados/roaming) e com base no tempo disponível, localização e outras opções, que podem ser "costumizadas" à medida do utilizador.
Trabalho publicado na edição de 21 de Maio de 2012 do Diário Económico



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