quarta-feira, 11 de julho de 2012

Oito mil professores em risco de passar à mobilidade em Setembro

No ano passado, em Agosto, eram 4.042 os professores com horário zero. Professores dizem que estão em risco docentes de todas as áreas.
Entre sete e oito mil professores dos quadros estão em risco de passar à mobilidade da Função Pública, por não terem horário atribuído. Em vésperas das escolas indicarem quais os horários disponíveis para o próximo ano lectivo - o prazo acaba na sexta-feira -, os professores dizem que se vive um ambiente de "pânico", num sector em que o desemprego disparou 120% no último ano, segundo o IEFP.
A Fenprof estima que, no próximo ano lectivo, "irão disparar os horários-zero, atingindo uma dimensão nunca antes vista". Cerca de oito mil professores - o dobro do ano passado - não vão ter horário e, por isso, devem apresentar-se ao concurso de colocação que arranca na próxima segunda-feira. Isto porque, segundo a estimativa da Fenprof, as escolas vão eliminar cerca de 25 mil horários no ano 2012/13, levando ao desemprego "entre 15 a 20 mil contratados" e "entre sete a oito mil professores professores ficarão com horário zero", alerta o secretário-geral Mário Nogueira.
Segundo o ministério da Educação, no ano passado, eram 4.042 os professores dos quadros que em Agosto tinham horário zero, sendo que 2.192 acabaram por conseguir colocação depois de terem ido a concurso.
Apesar do prazo das escolas só terminar esta sexta-feira, já é possível apurar que a tendência será de redução do números de professores contratados e de aumento de docentes dos quadros que não vão ter colocação. Em causa estão professores "com muito anos de serviço, chegando a atingir os 25 anos e que vão ficar desempregados" para além dos docentes do quadro, "com mais de 30 anos de serviço, que ficarão com horário zero em algumas disciplinas", assegura Mário Nogueira.

in Diário Económico

1 comentário:

  1. Acho que será sensato pensar que os valores disponíveis pelo Estado e pelas famílias para o ensino superior vão recuar, em valores nominais, aos níveis do início da década de noventa....isso vai ter consequências brutais: encerramento de estabelecimentos estatais, quadros de mobilidade, não renovação de contratos a prazo e afins, ...
    Trise mas praticamente inelutável.

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