Navega nas redes sociais enquanto está a trabalhar? Com ou sem autorização do patrão? Cada vez mais pessoas estão ligadas durante a jornada laboral, cerca de um terço com o aval das chefias.
Mas a verdade é que cerca de metade dos trabalhadores (46%) admite que as redes sociais têm um impacto negativo na produtividade. É pelo menos esta a conclusão do estudo anual realizado pela Kelly Services.
E há outras: 43% reconhecem que a combinação de ligações pessoais e profissionais através das redes sociais pode causar problemas no local de trabalho.
«Para muitos trabalhadores, as redes sociais tornaram-se quase um direito. Constituem um elemento essencial das suas ferramentas de comunicação e são utilizadas como um meio para tomar decisões ao nível da carreira e de procura de emprego», faz notar o director-geral da Kelly Services, Afonso Carvalho, em comunicado.
Ainda assim, «existe algum receio em relação aos problemas que poderão surgir no caso da interligação entre o mundo pessoal e o mundo profissional nas redes sociais».
E, «apesar de muitos dos colaboradores identificarem facilmente as vantagens [das redes sociais], os empregadores e os gestores estão ainda a debater-se com um conjunto de problemas complexos relacionados com a privacidade, a monitorização e o acesso a informação de negócio de natureza sensível».
Entre a população ativa que tem entre os 19 e os 30 anos, 33% considera «aceitável» a utilização pessoal das redes sociais no local de trabalho; percentagem diminui para 30% entre os 49 e os 66 anos e 28% entre os 31 e 48 anos.
Depois, cerca de um quarto (23%) entende que é também aceitável partilhar opiniões sobre o trabalho com amigos e colegas nas redes sociais.
Apenas a 7% foi interdito o uso das redes sociais no local de trabalho.
O mesmo estudo adianta que 17% dos inquiridos preferem procurar emprego através das redes sociais. Os métodos tradicionais - jornais, sites de emprego on-line e empresas de recrutamento ¿ ficam para segundo plano.
O Kelly Global Workforce Index contou com a participação perto de 170 mil pessoas oriundas de 30 países, incluindo mais de 8 mil em Portugal.
in Agência Financeira
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