quarta-feira, 11 de julho de 2012

Podem desaparecer mais 4,5 milhões de postos de trabalho

Os países da Eurozona arriscam-se a perder mais 4,5 milhões de postos de trabalho nos próximos quatro anos, se forem mantidas as atuais políticas de austeridade, segundo a agência da Nações Unidas para o Trabalho (OIT). "Sem mudança de políticas - para lidar com a crise e recuperar a confiança e apoio dos trabalhadores e empresas - será difícil implementar as reformas necessárias para colocar a Zona Euro de novo num caminho de estabilidade e crescimento", refere a OTI no seu relatório.

Intitulado "Crise de Empregos na Zona Euro: Tendências e Respostas Políticas", o documento calcula que o número total de desempregados nestes países, em que Portugal se inclui, pode subir de 17,4 milhões para 22 milhões.

O relatório da OIT sublinha que as medidas de austeridade orçamental, quer nos países em dificuldades financeiras quer nos mais ricos, estão a prejudicar a criação de emprego.

"Num contexto macroeconómico deprimido, estas reformas [de austeridade] provavelmente levarão a um aumento do número de despedimentos sem qualquer impulso à criação de emprego, pelo menos até que a retoma económica ganhe ímpeto", lê-se no trabalho da OIT.

Portugal é citado, a par da Itália, como um dos países nos quais o desemprego jovem é mais elevado, embora este atinja percentagens mais preocupantes em Espanha e Grécia, onde se situa acima dos 50%.

Para a OIT, há "um crescendo de provas" de que pode estar em curso uma recessão prolongada dos mercados de trabalho na Europa, os quais ainda não recuperaram da crise global surgida em 2008.

in Diário de Notícias

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